terça-feira, 20 de outubro de 2009

Latidos Excessivos



É importante que, antes de se tentar resolver o problema por contra própria, consulte-se um médico veterinário especialista em Comportamento Animal. Afinal, para que haja sucesso no tratamento, é imprescindível o conhecimento de um profissional apto. Ele avaliará não só o problema dos latidos, mas o animal como um todo. Seus comportamentos habituais, temperamento, relacionamento familiar (socialização) e, principalmente, o ambiente onde vive.

Geralmente, depois de definidas as principais motivações do problemas (por exemplo: chamar atenção, defesa de território, proteção à pessoas, medo, ansiedade, solidão, brincadeira, trabalho, facilitação social senilidade); o especialista recomendará o tratamento adequado.

As principais medidas gerais são:

- Promover/aumentar atividade física do cão;

- Promover/aumentar estimulação mental ao cão, principalmente nos horários onde os latidos são mais excessivos;

- Recompensar o cão (através de elogios, carinho e até petiscos), quando está quieto;
- Não punir latidos. (E sim, utilizar equipamentos para interrompê-los de forma despersonalizada, tais como coleiras anti-latido).

- Não oferecer brinquedos, petiscos, carinho ou até conversa; na tentativa de acalmar o cão que late excessivamente.

Apesar de diversas possibilidades de tratamento, latidos excessivos constituem um problema comportamental bastante difícil de ser extinto.

Coleiras Anti-Latido

Dentre os diversos equipamentos eletrônicos à venda no mercado “PET”, as coleiras anti-latido são, sem dúvida, os grandes destaques. São aparelhos que contam com um mecanismo de sensores, capazes de detectar o latido do animal e, em resposta, disparar um súbito jato de ar inodoro ou até malcheiroso (odor de citronela).. Outras emitem um sinal sonoro, em alguns casos perceptíveis ao cão e também ao dono, em outros, ultra-sônico.

Desta forma, mais do que um simples processo punitivo, a emissão destes sinais (sonoros, visuais ou olfativos), visa interromper o comportamento de latir: cabendo ao dono a tarefa de direcionar o cão para uma atividade incompatível com os latidos. Assim, é dele a responsabilidade de estar atento ao comportamento diário do cão, tentando, reforçá-lo quando está quieto. E promover uma suficiente e apropriada estimulação física e mental ao animal, de modo que os latidos não sejam a única maneira de extravasar e liberar energia.

Como é possível perceber, a genialidade das coleiras anti-latido está no fato de isentar o dono da difícil tarefa de interromper os latidos ou mesmo punir o cão que tanto late. Ou seja: as anti-latido promovem uma punição despersonalizada. Quando esta função é exercida pelo dono, corre-se o risco de comprometer seriamente o programa de treinamento.

Diversos estudos científicos têm obtido resultados satisfatórios em relação ao uso de coleiras anti-latido. Em um estudo realizado por Juarbe-Diaz e Houpt (1996) verificou-se que coleiras anti-latido do tipo citronela foram eficazes na eliminação de latidos excessivos – (89% de donos satisfeitos).

Apesar de diversas possibilidades de tratamento, latidos excessivos constituem um problema comportamental bastante difícil de ser extinto. Primeiramente, devido ao seu caráter fortemente instintivo e, posteriormente porque, por siso, latidos são bastante recompensadores para muitos cães.

Enfim, ainda que o dono tenha paciência, dedicação e consistência perante o tratamento, o sucesso deste pode significar um controle do problema, mas não a sua completa anulação.

Fonte: Cães Anuário 2009

sábado, 3 de outubro de 2009

Pêlo longo x Pêlo Curto





















Ainda que a elegância da pelagem longa provoque comentários de admiração, há quem prefira manter o seu Shih Tzu com os 'cabelos' cortados. Ele fica com uma aparência rechonchuda e, mesmo que perca em imponência, ganha em fofura. Com o comprimento cortado entre cerca de 4 e 7 centímetros, o Shih Tzu parece um filhote. Tanto que nos EUA, esse tipo de corte é chamado de puppy-cut ou, em português, corte-filhote.

Segundo Josephine Johnson, criadora há mais de 40 anos, juíza e secretária do The Shih Tzu Club, a principal entidade da raça na Inglaterra, há dois motivos para cortar os pêlos do Shih Tzu. Um deles é o menor tempo para tratar do cão; o outro é mudar o estilo da vida dele. Para quem não acha tanta graça em ficar horas lavando e secando, eis a vantagem. Os peludos exigem cerca de três horas; os cortados, apenas 45 minutos, aproximadamente. A escovação deixa de ser diária ou a cada dois dias e passa a ser duas vezes por semana.

Além do mais, gasta-se uma média de cinco minutos para fazê-la, em de 15 ou 20. O cão, por sua vez, tem uma vida diferente. Piso de azulejos ou de cimento liso deixam de ser regra. "Os meus de pêlo curto passeiam na rua, brincam no jardim, tomam chuva e adoram rolar na lama", diz Josephine, que só mantém a pelagem longa em exemplares que estão freqüentando exposições. "Para deixar um Shih Tzu totalmente livre sem ficar louca para arrumá-lo depois, só cortando a pelagem", conclui. Outros criadores de peso também aderem ao puppy-cut quando seus cães encerram a carreira nas pistas. Valery Goodwin é uma delas. "Assim eles podem correr nos gramados com os outros cachorros, sem que isso prejudique seus pêlos ou dê muito trabalho", justifica.

O Lucky, um exemplar da raça, depois de ganhar todas as premiações a que a que tinha direito, mudou de visual no começo desse não. Por já ter cumprido o seu papel de supercampeão, teve a pelagem cortada. "Ele descobriu novos prazeres na vida", diz o proprietário de Lucky, Wagner Fernandez, do Wafer's Kennel, em São Paulo. "Pode brincar com outros cães e se divertir pelo jardim."

De pêlos longos ou curtos, o Shih Tzu adora ser escovado. "Depois de pronto parece que faz pose e desfila para as pessoas", diz Andy Warner. Eleni complementa: "Gostam tanto que quando chega a hora da escovação, meus cães começam a me rodear como se esperassem na fila para dar um trato no visual. "O mais divertido é que alguns dos exemplares da criadora às vezes tentam enganá-la. Acabam de serem escovados e entram no meio dos que ainda não foram.

"Eles recebem mais algumas escovações e saem felizes da vida." Vânia Brein, com sua experiência de sete anos tratando da pelagem de diversas raças, aconselha a escovar com delicadeza para não quebrar os pêlos: "Utilize uma escova de hastes longas para desembaraçar os fios até a raiz, mas evite aquelas que têm bolinhas, pois danificam a pelagem." Use xampu e condicionador de PH neutro.
Podem ser nacionais ou importados, feitos para uso humano ou animal, desde que de boa qualidade. As orelhas devem ser protegidas da água e limpas semanalmente. Depois do banho, seque bem o cão. Abra a pelagem para que o ar do secador chegue até a raiz dos pêlos, evitando umidade e conseqüentes dermatites. Como os olhos do Shih Tzu são salientes, é importante que os pêlos da cabeça não entrem em contato direto com eles para não machucá-los, causando lacrimejação intensa, infecções a amarelamento dos pêlos da região.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Shih Tzu e seu temperamento


Se você está em busca de um cachorro pequeno e silencioso, o Shih Tzu pode ser o seu achado. Não que ele nunca lata, mas não há dúvida de que está entre os cães de pequeno porte mais discretos da espécie canina. É o mais indicado e preferível por quem vive em apartamento.

Com crianças

Até há casos de Shih Tzus que avançaram nos baixinhos. Mas, para que tenham chegado a esse extremo, esteja certo de que foram muito incomodados. A raça não tem ímpeto agressivo e costuma ser amigável com todos, o que abrange crianças de qualquer idade. Entre os cães de porte similar, inclusive, o Shih Tzu está entre os mais tolerantes com a garotada. Claro que convém supervisionar a relação. Raças pequenas podem ser facilmente machucadas durante as brincadeiras agitadas que os baixinhos costumam promover.

Com pessoas de fora da casa

Sabe aqueles cachorros pequeninhos que vivem latindo e estranhando gente desconhecida? É o retrato oposto do Shih Tzu. Para essa raça, sociabilidade éo grande lema. Demonstrar alegria ao conhecer novas pessoas, festejar visitas e aceitar agrados até de passantes são atitudes rotineiras. Os Shih Tzus querem mais é atenção. Adoram brincar com qualquer um que lhes dê bola. Muitas vezes chegam a ser efusivos, recepcionando os visitantes com pulos de boas-vindas.

Obediência

Exemplo de obediência, o Shih Tzu não é. Embora muito raramente suas teimosias se transformem em problemas de relacionamento com a família, ele é daqueles que, de vez em quando se fingem de surdos ao receberem uma ordem ou que obedecem apenas enquanto o dono estiver por perto. Uma boa educação, composta por donos presentes, carinhosos e, ao mesmo tempo, firmes para definir as regras e limites, sempre ajuda na formação de exemplares mais predispostos a obedecer. No entanto, uma pitada de irreverência é característica da raça.

Inteligência

Observador atento, é do tipo que sabe onde os donos guardam os petiscos e brinquedos. Só de vê-los se aproximando do precioso local já demonstram entusiasmo. Também resolvem com sucesso vários problemas. Há muitos casos de exemplares que aprendem a abrir certas portas e a sinalizar algumas de suas necessidades. Só para ilustrar, volta e meia há Shih Tzus atraindo a atenção das pessoas para que vejam a vasilha de água esvaziou ou que a saída para o jardim (leia-se banheiro) foi fechada.

Destrutividade

O Shih Tzu não costuma ser um cão muito problemático nesse quesito. Quando filhote, como acontece com a maioria dos cães, costuma afiar os dentinhos onde não deve, porém conforme cresce e é educado pela família, vai se tornando disciplinado. Algumas exceções tendem a ocorrer quando ele se sente abandonado. Dependente da presença dos donos, o Shih Tzu, de vez em quando, pode fazer pirraça por ter ficado sozinho. Para evitar eventuais transtornos, não o deixe só ou, quando o fizer, mantenha-o em locais onde possíveis estragos não sejam tão graves.

Grau de atividade

Ele em nada lembra aqueles cãezinhos que mais parecem ligados na tomada, sempre brincando e procurando o que fazer. O Shih Tzu é moderadamente ativo. Curet uma brincadeira e uma correria, mas também adora sossego. Na maior parte do dia, opta por passatempos calmos. Fica deitado num cantinho confortável olhando a movimentação ao redor, passeia tranquilamente pela casa, pede um colo para o dono… Enfim, leva a rotina sem maiores agitos.

Com a família

Seguindo a regra do reino canino, o Shih tzu costuma eleger um dono em especial. Diferentemente da maioria das raças, contudo, tem uma maneira mais discreta de fazê-lo. Embora até festeje um pouco mais o seu eleito, não deixa de ser particularmente simpático e efusivo com os outros moradores da casa. Faz o estilo companheiro familiar. Gosta da presença de todos e vive virando a escolha de com quem vai ficar. Independentemente não é com ele. É do tipo que solicita atenção, convidando as pessoas para brincar e dando um jeito de ganhar um cafuné. E caso se sinta ignorado, como tende a ocorrer se deixado sozinho por períodos prolongados, pode ficar tristonho e abatido. Nessas ocasiões, em sinal de protesto, não é impossível que se tome irreverente, aproveitando da ausência dos donos para mordiscar o que não deve ou fazer um xixizinho no lugar errado.

O quanto late

Se você está em busca de um cachorro pequeno e silencioso, o Shih Tzu pode ser o seu achado. Não que ele nunca lata, mas não há dúvida de que está entre os cães de pequeno porte mais discretos da espécie canina. É daqueles que sinalizam quando escutam a campainha ou quando estão muito alegres, mas não é de dar escândalos nem de latir sem motivo.

Com cães e animais

Embora haja exceções, a regra é o bom convívio. E isso tanto para a relação enrte Shih Tzus do sexo oposto, como do mesmo sexo. Trata-se de um cão pacífico. No que depender dele, a vida será amigável com cachorros de outras raças assim como com outros animais, a exemplo de gatos e aves. Consultores: Eduardo Teixeira (criador há mais de 14 anos, proprietário do canil Prime Moon, do Rio de Janeiro, considerado o melhor da raça pelo ranking 2003 da Confederação Brasileira de Cinofilia – CBKC), Maria Amélia dos Santos Snell (criadora há mais de 13 anos, proprietária do canil Snellmark´s, do Rio de Janeiro, considerado o terceiro melhor da raça pelo ranking da CBKC de 2003) e Regina Lucia Perrone (criadora há mais de 15 anos, proprietária do canil ParD’Elías, do Rio de Janeiro, considerado o segundo melhor pelo ranking 2003 da CBKC).

Fonte: Revista Cães & Cia